quinta-feira, 29 de maio de 2014

Aprenda a tirar música de ouvido III

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Podemos tirar vantagens das tecnologias atuais para nosso aprendizado musical. Existem pessoas que possuem a habilidade inata de um ouvido absoluto. Seria aquele indivíduo que reconhece determinada (frequência sonora) nota ou acorde musical.

Essas pessoas são capazes de dizer a tonalidade de uma harmonia só ouvindo sem pegar necessariamente no instrumento naquele instante. Tal capacidade facilita no aprendizado da música, porém, se não houver prática nada adianta possuir essa habilidade.

Como para a grande maioria (incluindo eu) não possui essa habilidade, o importante é saber as teorias básicas de escalas e acordes para "tirar" a música de ouvido. Assim, você ganha mais tempo ao invés de ficar no "tenta, erra, tenta, erra, tenta, acerta". Com o tempo, a prática deixará você bem familiarizado com determinadas sequências harmônicas.

Enfim, esse post é dedicado ao uso de um programa simples, no entanto, poderoso para aqueles que querem pegar sequências de improvisação de escalas animais. Melhor... É gratuito!!!

O BestPractice


Vocês encontram facilmente no google. Por que poderoso? Nele, é possível você diminuir a velocidade da música e até diminuir os vocais. Isso possibilita qualquer pessoa que queira pegar um riff ou lick de solos de maneira menos trabalhosa que escutando a música em sua velocidade normal. 

Neste software você pode diminuir ou aumentar a velocidade de reprodução da música;

Diminuir os vocais;

Transpor a música em semitons (agudos ou graves), ou seja, mudar de tom (Ex: de Mi para Fá#,etc);

Lembre-se que, essas modificações acabam gerando uma perda na qualidade dos som, pois vocês está modelando as frequências sonoras originais. Como o audio que você abre no programa é um produto final, é quase impossível retirar os vocais, pois você teria de ter acesso aos canais em que as vozes foram gravadas.




Tríades: Acordes maiores e menores

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As tríades são acordes compostos de três notas.

Estas notas são retiradas a partir da escala desejada. Para criar um acorde natural pega-se a 1ª, 3ª e 5ª nota da escala.

TRÍADES MAIORES

Para formar os acordes naturais retiramos da escala no modo Jônio estas três notas citadas acima.

Exemplo

A escala de DÓ jônio: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI.

A partir desta escala criamos o acorde de DÓ: 1ª - DÓ; 3ª - MI; 5ª SOL.

O mesmo é feito para os acordes seguintes. Pra criarmos o acorde de RÉ jônio temos a seguinte escala:

RÉ, MI, FÁ#, SOL, LÁ, SI, DÓ#

O acorde de RÉ jônio ou maior é: 1ª - RÉ; 3ª - FÁ#; 5ª - LÁ.

O ideal é que o estudante construa seus próprios acordes. Partindo desses princípios básicos podemos criar acordes mais complexos com sonoridades mais sofisticadas.

TRÍADES MENORES

Os acordes menores baseiam-se na escala menor ou do modo grego eólio. Esta escala possui três notas menores: 3ª, 6ª e 7ª. Isso quer dizer o seguinte, que podemos pegar o modo jônio e transformá-lo em eólio.

DÓ jônio = DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI (Todas são maiores)

Se sabemos que em eólio as 3ª, 6ª e 7ª notas são menores teremos:

DÓ eólio = DÓ, RÉ, MIb, FÁ, SOL, LÁb, SIb (diminui meio tom para baixo)

Agora que sabemos a escala menor (eólio) de DÓ, podemos criar seu acorde menor:

DÓ menor (eólio) = 1ª - DÓ; 3ªm - MIb; 5ªSOL.

Simples!

Façam isso para as demais escalas, tanto nos modos jônio e eólio e já terão acordes suficientes para tirar de ouvido a maioria das músicas populares que tocam nas rádios.




terça-feira, 27 de maio de 2014

Pentatônica e Acordes Relativos

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Continuando sobre o uso da escala pentatônica (caso não tenha visto clique aqui)

Por ser muito versátil é possível usarmos a pentatônica no momento da improvisação em vários contextos durante a harmônia de uma música.

Usualmente, aplicamos a escala pentatônica a partir da tonalidade da música que queremos improvisar. Por exemplo, numa canção em que a tonalidade natural é de E, usamos a pentatônica deste acorde, que seria composta pelas notas:

Tom E (natural ou jônio):

E, FÁ#, SOL#, SI e DÓ#


Só com está sequência de notas, já podemos ampliar nosso campo de improvisação. Não esqueça que a pentatônica está inserida na escala de E jônio (veja modos gregos aqui). Portanto, duas escalas que podem ser usadas simultaneamente.

Mas, o que a pentatônica tem a ver com acordes relativos? Tudo!!!
Os acordes relativos são aqueles que compartilham a 3ª e 5ª notas com a tônica da tonalidade. Por exemplo, o acorde de E (MI) é composto pelas notas MI, SOL# e SI e o acorde relativo seria C#m(DÓ sustenido menor) que é formado por DÓ#, MI e SOL#.

Vejam que C#m possui MI e SOL# comuns a E. Logo, podemos usar a escala pentatônica de E também no acorde de C#m. Nesse caso, podemos começar tocando a sequência da escala a partir da nota DÓ#, veja:


Comparem a figura acima com a anterior e vejam que só mudou a ordem das notas, mas que continuam sendo as mesmas para ambos os acordes. 

Como descobrir rapidamente o acorde relativo do tom da música que você quer improvisar?

Para facilmente memorizar, façam o seguinte. 

Sabendo da escala de E (MI) natural que é formada por MI, FÁ#, SOL#, LÁ, SI, DÓ#, RÉ# (veja as escalas de tons naturais em modos gregos parte 1), conte 6 notas a partir da tônica MI. Quando chegar na sexta nota é só construir o acorde menor dela, que no caso seria -> DÓ#m. Simples! Faça o mesmo para as demais e encontrarão as notas relativas de cada tonalidade.

Relativas menores de acordes de tons maiores naturais:

DÓ = LÁm
RÉ = SIm
MI = DÓ#m
FÁ = RÉm
SOL = MIm
LÁ = FÁ#m
SI = SOL#m



quinta-feira, 22 de maio de 2014

Escala Pentatônica (Pentatonic Scale)

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A escala pentatônica é muito famosa por sua versatilidade e fácil aplicação no campo da improvisação. A resposta melódica dessa escala é bastante agradável e amplamente utilizada nos mais diversos estilos musicais.
No rock, a pentatônica é uma peça fundamental para os iniciantes na guitarra, baixo e teclado.

Vamos ao que interessa!

A escala pentatônica, como o próprio nome indica, é composta por cinco notas, que parte da tônica (a primeira nota da escala), segunda, terceira, quinta e sexta.

Vamos ao primeiro exemplo:
A pentatônica de C natural (maior ou jônio) pode ser obtida através da escala completa de C jônio:



Então, como sabemos que a pentatônica é constituída da 1ª, 2ª, 3ª, 5ª e 6ª notas da escalo de C jônio, temos:



Agora, que você sabe como montar a pentatônica é só memorizar a posição dos acordes no teclado:





Para as demais escalas naturais temos as seguintes pentatônica:
D = RÉ, MI, FÁ#, LÁ, SI
E = MI, FÁ#, SOL#, SI, DÓ#
F = FÁ, SOL, LA, DÓ, RÉ
G = SOL, LA, SI, RÉ, MI
A = LÁ, SI, DÓ#, MI, FÁ#
B = SI, DÓ#, RÉ#, FÁ#, SOL#


Para ajudar você o tecladoharmonico deixa aqui os padrões no teclado para você visualizar as escalas pentatônica maiores restantes:







Em breve, daremos continuidade ao uso rico dessa escala.






domingo, 18 de maio de 2014

MODOS GREGOS PARTE 1

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São escalas derivadas da escala natural (maior). Sete modos são conhecidos no total: Jônio, Dório, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio.
O conhecimento dessas escalas permite o músico ampliar seus horizontes no momento de harmonizar e improvisar. Vamos trabalhar os intervalos da escala no modo Jônio (maior natural).

Peguemos o exemplo da escala do acorde de dó, composta pelas seguintes notas:
DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ e SI.

Esse modo é chamado de jônio e os respectivos intervalos são (T = 1 tom; T/2 = meio tom):

T-T-T/2-T-T-T-T/2

Esses intervalos dizem quantas notas temos que percorrer para sairmos de uma anterior para a seguinte.
Por exemplo, na escala de DÓ, de DÓ até RÉ, percorremos 1 T, ou seja, de DÓ para DÓ# (T/2) e de DÓ# até RÉ mais T/2 (T/2 + T/2 = T). Figura abaixo:






O mesmo acontece para descobrirmos as notas seguintes. Se já encontramos RÉ, qual seria a próxima nota? Mais um tom (T-T-T/2-T-T-T-T/2). Então, RÉ até RÉ# (T/2) e para MI mais T/2. Então MI seria nossa próxima nota. E qual seria a seguinte? Mais meio tom (T-T-T/2-T-T-T-T/2). Então, MI até FÁ é T/2. Logo, a nota é FÁ.

Então temos as seguintes notas de acordo com os intervalos da escala de DÓ:


De RÉ para MI temos: RÉ -> RÉ# (T/2) -> MI (T/2). Então o segundo tom (T) da escala de DÓ é a nota MI. Para encontrarmos a próxima nota, partimos de MI para FÁ, que é apenas T/2 (MI não tem sustenido). Daí já encontramos nossa quarta nota que é FÁ.
A mesma lógica é seguida nas demais escalas. Por exemplo, a escala de RÉ Jônio possui os mesmos intervalos --> T,T,T/2,T,T,T,T/2.

Então, partido de RÉ temos:
RÉ é o primeiro T. O próximo intervalo é de 1 T, logo, de RÉ para RÉ# temos meio tom (T/2) e de RÉ# para MI temos mais T/2. Portanto, a próxima nota da escala seria MI (o segundo T), pois a soma de dois meios tons é igual a um tom (T/2 + T/2 = T).

RÉ = RÉ, MI, FÁ#, SOL, LÁ, SI, DÓ#, RÉ


MI = MI, FÁ#, SOL#, LÁ, SI, DÓ#, RÉ#, MI

FÁ = FÁ, SOL, LÁ, SIb, DÓ, RÉ, MI, FÁ

SOL = SOL, LÁ, SI, DÓ, RÉ, MI, FÁ#, SOL

LÁ = LÁ, SI, DÓ#, RÉ, MI, FÁ#, SOL#, LÁ

SI = SI, DÓ#, RÉ#, MI, FÁ#, SOL#, LÁ#, SI
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