São escalas derivadas da escala natural (maior). Sete modos são conhecidos no total: Jônio, Dório, Frígio, Lídio, Mixolídio, Eólio e Lócrio.
O conhecimento dessas escalas permite o músico ampliar
seus horizontes no momento de harmonizar e improvisar. Vamos trabalhar os intervalos da escala no modo Jônio (maior natural).
Peguemos o exemplo da escala do acorde de dó, composta pelas
seguintes notas:
DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ e SI.
Esse modo é chamado de jônio e os respectivos intervalos são
(T = 1 tom; T/2 = meio tom):
T-T-T/2-T-T-T-T/2
Esses intervalos dizem quantas notas temos que percorrer
para sairmos de uma anterior para a seguinte.
Por exemplo, na escala de DÓ, de
DÓ até RÉ, percorremos 1 T, ou seja, de DÓ para DÓ# (T/2) e de DÓ# até RÉ mais
T/2 (T/2 + T/2 = T). Figura abaixo:
O mesmo acontece para
descobrirmos as notas seguintes. Se já encontramos RÉ, qual seria a próxima
nota? Mais um tom (T-T-T/2-T-T-T-T/2).
Então, RÉ até RÉ# (T/2) e para MI mais T/2. Então MI seria nossa próxima nota.
E qual seria a seguinte? Mais meio tom (T-T-T/2-T-T-T-T/2). Então, MI até FÁ é T/2. Logo, a nota é FÁ.
Então temos as seguintes notas de
acordo com os intervalos da escala de DÓ:
De RÉ para MI temos: RÉ -> RÉ#
(T/2) -> MI (T/2). Então o segundo tom (T) da escala de DÓ é a nota MI. Para
encontrarmos a próxima nota, partimos de MI para FÁ, que é apenas T/2 (MI não
tem sustenido). Daí já encontramos nossa quarta nota que é FÁ.
A mesma lógica é seguida nas
demais escalas. Por exemplo, a escala de RÉ Jônio possui os mesmos intervalos
--> T,T,T/2,T,T,T,T/2.
Então, partido de RÉ temos:
RÉ é o primeiro T. O próximo
intervalo é de 1 T, logo, de RÉ para RÉ# temos meio tom (T/2) e de RÉ# para MI
temos mais T/2. Portanto, a próxima nota da escala seria MI (o segundo T), pois
a soma de dois meios tons é igual a um tom (T/2 + T/2 = T).
MI = MI, FÁ#, SOL#, LÁ, SI, DÓ#,
RÉ#, MI
FÁ = FÁ, SOL, LÁ, SIb, DÓ, RÉ,
MI, FÁ
SOL = SOL, LÁ, SI, DÓ, RÉ, MI,
FÁ#, SOL
LÁ = LÁ, SI, DÓ#, RÉ, MI, FÁ#,
SOL#, LÁ
SI = SI, DÓ#, RÉ#, MI, FÁ#, SOL#,
LÁ#, SI